O mistério do farol de Eilean Mor

Em um remoto e gelado arquipélago na costa da Escócia, o mistério do farol de Eilean Mor há mais de um século intriga e continua sem explicação.

Imagem: http://venturegalleries.com/

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A ilhota de Eilean Mor, atualmente sem população fixa desde que o farol localizado na ilha foi automatizado nos anos 70, seria como qualquer outra da região se no ano de 1900 os três únicos habitantes da ilha, os faroleiros que se alternavam na operação do mecanismo de sinalização, não tivessem desaparecido de forma muito estranha.

No dia seguinte ao Natal do ano de 1900, um barco que levava suprimentos chegou à ilha de Eilean Mor. O tempo estava bom e a tripulação estranhou que ninguém os aguardava no cais. Mesmo depois de anunciarem sua chegada com o apito do navio e foguetes de sinalização, ninguém apareceu. Intrigado, capitão do navio mandou que o faroleiro substituto Joseph Moore desembarcasse e verificasse onde estavam seus companheiros.

Algum tempo depois Joseph Moore voltou visivelmente abalado e relatou que a porta do farol estava aberta e o lugar deserto. Quando entrou uma sensação estranha o afligiu. No armário da entrada dois dos três coletes salva-vidas estavam faltando. Na cozinha a refeição sobre a mesa não havia sido tocada e uma cadeira estava caída. O relógio dependurado na parede estava parado. Aí nasceu o mistério do farol de Eilean Mor.

O capitão ordenou que seus marinheiros varressem a ilha em busca dos faroleiros, mas não encontraram nenhum sinal de seus ocupantes, a ilha estava completamente deserta.

No livro de registros do farol a entrada de doze de dezembro feita pelo faroleiro Thomas Marshall era abaladora. O faroleiro escreveu que fazia dias que a ilha era açoitada por uma forte tempestade como nunca haviam testemunhado. Escreveu também que o  faroleiro principal, James Ducat, estava estranhamente muito quieto e arredio sem motivo. O terceiro faroleiro, um marinheiro experimentado chamado William McArthur, chorava constantemente de forma descontrolada sem saber dizer o motivo. Em nova entrada datada de alguns dias depois, dizia que estavam todos cada vez mais assustados com a estranha tempestade que não diminuía de intensidade e por isso passaram a rezar continuamente. A última entrada era ainda mais misteriosa e dizia “A tempestade passou. Mar calmo. Deus está acima de tudo”.

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O que torna o do farol de Eilean Mor realmente  insólito é que nenhuma tempestade foi registrada naquela região nos dias apontados no livro de registros, muito pelo contrário, foi relatado tempo bom e mar calmo.

Segundo a opinião do investigador Charles Dias, esse caso é dos mais misteriosos já relatados no Mundo Freak. Os faroleiros eram marujos experientes e acostumados com o trabalho. Não foi encontrado na ilha sinal algum de violência que indicasse algum tipo de desentendimento entre os faroleiros. Não havia também sinal da presença de outras pessoas que não eles. As entradas no diário são muito estranhas, já que a ilhota não é tão desgarrada do arquipélago para ser acoitada por uma tempestade que durou dias sem que o mesmo fosse registado nas outras ilhas. E porque os faroleiros abandonaram o farol no meio de uma refeição quando já haviam relatado no diário do farol que o tempo havia melhorado e levaram apenas dois de três coletes salva vidas? Mistério, mistério.

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