“Eu me apaixonei pelo brilho da morte”. Esta frase foi dita, com o peso da consciência arrependida, por Devair Ferreira, que se culpou até o fim de sua vida, pela morte de sua esposa, sua sobrinha e pela contaminação de centenas  de pessoas por Césio-137, a fonte do “brilho da morte”.

Em 1987 o mundo ainda repercutia o maior acidente nuclear do mundo, na usina de Chernobyl, no território da Ucrânia, pertencente à União Soviética. O caso ecoou pelo mundo e chegou ao Brasil acompanhado de uma aura de terror e medo com relação à contaminação por elementos radioativos.

Entretanto, ninguém imaginaria que em Goiânia, capital do estado de Goiás, no meio do Brasil, um país com muito pouca referência em utilização de elementos radioativos, seria palco de um dos maiores e mais assustadores acidentes radiológicos do mundo.