[Resenha] Mônica: Força

Olá, freaks e freakas! Bem vindos a mais um post baixinho, gorducho e dentuço sobre quadrinhos neste site que é coisa linda de Ashtar! E hoje tentarei ser curto e grosso tal qual um braço de anão (e prevejo que falharei miseravelmente…maldita/bendita empolgação na hora de escrever…).

Pra quem ainda não conhece (coisa que acho difícil), a coleção Graphic MSP é uma sacada genial da Mauricio de Souza Produções, encabeçada pelo senhor Sidney Gusman, que dá liberdade para vários autores nacionais fazerem releituras com os personagens clássicos do universo da Turma da Mônica.

Essa coleção já me emocionou, encantou e, sim, também já me decepcionou. Mas os saldos tendem a ser bem positivos de um modo geral. No entanto, os últimos 3 títulos lançados deixaram a desejar em alguns quesitos (NA MINHA opinião, claro) e quando Mônica: Força foi anunciado, eu já não contava mais com a mesma empolgação de quando os primeiros Astronauta e Laços foram anunciados.  Vi o anuncio muito por alto e a imagem promocional não me empolgou também. E o tempo passou…

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Eis que este mês, ao ir até a banca pegar algumas HQs que há muito esperava, acabei me deparando com Mônica: Força e, como me propus a ter toda a coleção, à comprei sem muita expectativa. O desenho da capa, assim como a primeira arte promocional, não me ganhou a atenção. Li primeiro uma das HQs que tinha ido pegar com mais vontade (Coleção Histórica Marvel Guerras Secretas, a “melhor pior” história de todos os tempos! Sério…é MUITO RUIM, mas diverte!) e, só então, tirei um tempinho pra me deitar e ler Mônica: Força.

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Sempre que vou ler uma Graphic MSP, eu faço questão de não folhear a revista antes, pra guardar cada surpresa ,sentir com mais intensidade as emoções das reviravoltas  e ver se a trama vai fazer por merecer minha atenção. Dessa vez não foi diferente. E, dessa vez, foi realmente angustiante…

Aqui cabe dizer que não farei uma sinopse de Mônica: Força, pois qualquer coisa dita sobre a história será um spoiler que até quem não liga pra eles vai preferir não ter lido. Não saber nada sobre a trama foi essencial para a torrente de emoções que me tomou a cada página da HQ.  Basta dizer o seguinte: Em Mônica: Força, ser a menina mais forte da “lua”, nas palavras do Cebolinha, será de uma inutilidade simplesmente DESESPERADORA quando Mônica se der conta do que virá a enfrentar. E ver uma criança de 7 anos em uma situação como a mostrada na HQ é algo que te faz sentir dó e uma monstruosa empatia ao mesmo tempo. Como reagir a isso? Como lidar com algo que não fazemos ideia de como reverter? Acredite quando eu repito que é realmente angustiante…

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Mas, calma! Falando assim pode parecer que é uma história de terror ou apenas uma trama horrível que deturpa tudo que Turma da Mônica representa. Não! Bem longe disso! Tudo que eu falei até agora se encaixa com maestria na trama que a HQ propõe, graças ao trabalho primoroso de Bianca Pinheiro. Fã confessa da Mônica desde de pequena, a autora de Mônica: Força sabe conduzir a história com uma sensibilidade tamanha que todo o incomodo supracitado é causado justamente por vermos, pela primeira vez, uma Mônica frágil e sem rumo. E por falar em Bianca Pinheiro, é aqui onde eu venho me redimir sobre a arte que julguei pouco chamativa.

Ao começar a ler a HQ eu tomei um baita tapa na cara e mordi minha língua com tanta força que voou até um pedaço (metaforicamente falando, claro). Os desenhos de Bianca Pinheiro trazem simplicidade em suas formas e suavidade em suas cores. Sua narrativa traz movimento e fluidez pouco vistos em HQs de qualquer gênero. Em muitos momentos as páginas são silenciosas e a arte fala por si só. Pequenas nuances nas expressões dos personagens, em seus olhares e em seus movimentos corporais nos dizem tudo que precisamos saber sobre eles naquele momento. Há uma simplicidade complexa em sua arte, essa é a única expressão que me ocorre para descrever a beleza de cada traço. Simplesmente fantástica!

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Quanto a edição, é o velho e ótimo padrão Graphic MSP. Papel de ótima qualidade, opção de capa dura pra quem quer uma instante bonita com cada edição lado a lado, opção de capa cartonada pra quem tem que economizar pro busão, um belo texto da escritora e jornalista Flávia Gasi na contra capa, uma introdução emocionada de Mauricio de Souza, extras que mostram todo o processo de criação de Bianca Pinheiro e as primeiras tirinhas com a personagem título.

Bem, cumpri o que prometi. Mais uma vez falhei miseravelmente em ser curto e grosso. Mas o texto, por maior que seja, ainda não faz jus a qualidade de Mônica: Força. Então, caso você não tenha lido nenhuma Graphic MSP até hoje  e esteja com preguiça de correr atrás das anteriores, eis um ótimo começo. E se você, assim como eu, estava achando as últimas edições um pouco (ou MUITO em alguns casos) aquém do esperado, saiba que essa é uma bela de uma retomada. Assim sendo, devo aqui deixar meus mais sinceros parabéns para Bianca Pinheiro e dizer: obrigado por chutar a bola pro alto de novo!

graphic-msp-012-monica-forca-panini-2016-08   Mônica: Força

   Editora: Panini

   Ano: 2016

   Nota : 10

 

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