[Lenda Urbana] O mistério da Maria Sangrenta

Salve, salve, nobres leitores. Aqui quem vos fala é o investigador Paulo Henrique e dessa vez iremos começar um pequeno compilado de lendas urbanas e folclores brasileiros; não encontrei maneira melhor de começar que com a mais vaga lembrança que tenho de sobrenatural. Não seria estranho, você criança dos anos 90, já ter presenciado esse pequeno relato de uma das lendas urbanas mais clássicas que ronda os colégios e as “famílias tradicionais brasileiras”. Hoje, meus caros amigos, falaremos sobre a Loira do banheiro, ou Bloody Mary para os mais íntimos.

A origem de Bloody Mary varia de conto para conto, contudo muitas convergem para o mesmo fato envolvendo uma morte terrível e trágica que resultaria em um espírito vingativo. Logo mais, sua evocação seria similar em muitos contos, tanto de origem ocidental ou oriental — aquela velha história de chamá-la 3 vezes em frente ao espelho, de noite —  muitas vezes sendo esse espírito relatado como uma mulher caucasiana, com vestes brancas e longos cabelos loiros. A lenda veio para o Brasil com o nome de Loira do banheiro, uma cultura deveras conhecida em muitos colégios e temida por muitos alunos que tentam de tempos em tempos evocar um espírito “maligno” para os corredores de seu colégio.

Uma de suas origens mais conhecidas seria a de que uma mulher teria sido brutalmente assassinada por um cirurgião (por motivos passionais), seus olhos arrancados e seu corpo deixado em frente a um espelho onde, com suas últimas forças, ela teria feito a marca registrada do médico, denunciando assim seu assassino. Conta a lenda que pessoas que escondem um assassinato em seu passado, seja por participação direta ou apenas como testemunha, seriam caçadas pela senhorita Bloody, tendo seus olhos arrancados. De acordo com algumas lendas, deixaria no espelho o nome da pessoa que sua vítima (do espírito) teria escondido a morte.

Podemos ainda encontrar uma origem histórica desta lenda. Maria I, da dinastia Tudor, seria uma mulher de extremo sadismo, que fazia diversos jogos com seus súditos, que além de viverem em uma época complicada devido a pragas, fome e dificuldades para encontrar recursos ainda sofriam nas mãos da mulher que teria recebido a alcunha de “ Maria sangrenta”. Entre os jogos que esta nobre mulher gostava estavam: a tortura por objetos pontiagudos e soltar “prisioneiros” totalmente despidos de vestimentas nas noites de inverno, jogar um balde de água em seus corpos e fazer com que eles corressem na neve à noite até morrerem de hipotermia. Contudo, o mais bizarro, e que garantiu a ela o epíteto de sangrenta, era seu costume de banhar-se em sangue e ainda beber um pouco deste para garantir, supostamente, beleza eterna.

No Brasil, a versão mais clássica seria a de um jovem que adorava matar aula no banheiro de sua escola, todavia, certa vez ela teria escorregado e batido a cabeça em um vaso sanitário e sangrado até morrer (está ai o motivo pelo qual no brasil a lenda é mais relacionada a banheiros, enquanto em outras versões mundiais ela é mais relacionada a espelhos). O aluno que desse descarga 3 vezes e falasse “Loira do banheiro” 3 vezes evocaria esse espírito, que assombraria a pessoa até a morte juntamente com o banheiro da escola.

Toda escola está repleta de contos e lendas. Na minha mesmo, por ser uma escola extremamente antiga, onde funcionava um convento (Bom Jesus Nossa Senhora de Lourdes), tínhamos diversas lendas como a do famigerado “Corredor da morte”. No último andar existia um corredor onde as luzes não eram constantes, existiam salas que nunca eram abertas e ainda uma única sala em que se encontrava uma porta no teto (possivelmente do sótão), envolta por um bolor negro. Tenho que admitir que era realmente macabro. Existiam ainda diversas lendas de freiras que ali morreram e que ainda assombravam as redondezas do colégio, sem falar na famosa loira do banheiro, entre outros contos. E você, o que acha deste conto de uma mulher que mata através do espelho? Real? Mito? Conte-me se já fizeram o ritual ou se na sua escola existiam lendas parecidas, deixem nos comentários suas experiências sobrenaturais, e lembrem-se: Não olhem para trás.

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