[Resenha] Colina Escarlate (Crimson Peak) – 2015

Olá, Freaks! Tudo bem com vocês? Que bom, comigo também!

Hoje venho indicar um filme bem interessante. Ele meio que foi vendido como filme de terror, mas não funciona muito bem sob essa temática. Ele mais é uma história  sobre fantasmas do que outra coisa. Não entendeu? Então vem comigo que vou explicar!

Colina Escarlate conta a história de Edith (Mia Wasikowska, de Alice no País das Maravilhas e Minhas Mães e Meu Pai), filha de Carter Cushing (Jim Beaver, o Bobby do Supernatural!), um rico empresário do início do século XX. O sonho de Edith é que suas histórias de fantasma sejam publicadas, porém por ser mulher não consegue ter muita visibilidade. Por que fantasmas? Quando criança ela recebeu a visita de sua falecida mãe (“Tome cuidado com a Colina Escarlate”), o que despertou nela um fascínio pelo sobrenatural, além de uma forma de estar conectada ao seu passado.

Chega à cidade um baronete, Thomas Sharpe (Tom Hiddleston, de Thor e Amantes Eternos), que tenta levantar fundos para a construção de uma máquina escavadora em sua propriedade. Ele vem acompanhado de sua irmã Lucille (Jessica Chastain, de Mama e Perdido em Marte), e ambos logo despertam o interesse da galera da cidade e também de Edith, que se encanta com o jeito misterioso e superior de Thomas.

Rapidamente os dois iniciam um relacionamento. Muito desgostoso do ocorrido, Sr. Cushing contrata um investigador particular para investigar o passado dos Sharpe, mas infelizmente acaba falecendo. A morte dele só abre o caminho para os pombinhos que se casam rapidamente, mesmo sob os protestos do Dr. Alan McMichael (Charlie Hunnam, de Sons of Anarchy e Círculo de Fogo), amigo de infância de Edith e eterno friendzone da moça.

Mas ok, casaram, felicidade! “Vamos para minha mansão, que agora é sua!” diz Thomas. “Flw é nóis” diz Edith. Mas ao chegar lá, surpresa: A mansão que deveria ser espetacular está decrépita, caquética, literalmente caindo neve no meio do hall de entrada, assustadora. A saúde de Edith começa a se deteriorar lentamente enquanto fantasmas aparecem em vários lugares da mansão, parecendo tentar avisá-la de alguma coisa.

Quanto mais Edith convive com seu marido e sua estranha cunhada, mais se arrepende de sua decisão. Teria ela feito a escolha correta ao se casar? O que será que o investigador particular encontrou?

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Por que assistir esse filme? Crimson Peak é dirigido, escrito e produzido por Guillermo Del Toro, responsável por filmes como Hellboy, O Labirinto do Fauno, Círculo de Fogo e pela Trilogia da Escuridão, em parceria com Chuck Hogan (que deu origem à série The Strain). Eu poderia dar pra vocês só esse motivo (plmdd Del Toro maravilhoso), mas também tenho outros pontos pra falar: figurino, cenário, fantasmas e personagens/roteiro.

O figurino dos personagens é incrível. Assim como o cenário, tudo tem um ar meio gótico meio romântico que nos transporta direitinho pra época onde o filme é inserido. Enquanto as pessoas da cidade usam predominantemente tons mais amarronzados pra se misturar, Edith usa tons mais claros e os Sharpe usam predominantemente tons escuros. O cenário é muito bem projetado, principalmente a Mansão, completamente criada e montada apenas para o filme (e infelizmente desmontada pra dar espaço no set. Super poderia ter sido vendida pra Disney e virado atração do parque). Toda a decadência da Mansão em contraste com o guarda-roupa dos Sharpe nos dá uma prévia do enredo do filme. E a cena da neve com o caminho vermelho da colina foi de chorar.

Os fantasmas são magníficos. Assim como nos outros filmes fantásticos em que o Del Toro se envolve, os monstros são os rouba-cena. Alguns são mais corpóreos, outros são como esqueletos desfeitos, outros são apenas sombras pairando ao redor de Edith. Mas todos (todos não, só que seria spoiler) são vermelhos e muito bem feitos. Arrancaram alguns sustos da minha irmã, que eu achei desnecessários. A idéia dos fantasmas era de ajudar Edith, mas eles mais assustaram do que ajudaram.

Os personagens e o roteiro, bem… É aí onde o filme peca (Mas não é um pecado tão grande, acho que umas 10 ave-marias e uns 10 pai-nossos já resolve). Os atores fazem um bom trabalho segurando a bola (menos a Mia Wasikowska que eu acho chatíssima), mas os personagens são bem rasos. Edith parecia que seria uma menina com idéias a frente de seu tempo e da sociedade onde estava inserida, mas isso não se desenrolou. O dr. McMichael poderia ter desempenhado um papel mais presente no enredo, mas nem fica muito claro o motivo da sua existência (a não ser pra salvar a pátria). Os irmãos Sharpe só são misteriosos nos 20 primeiros minutos (sendo generosa) do filme, porque depois dá pra manjar exatamente qual é a deles. Eu esperava uma profundidade e um mistério maior na trama, mas o grande plot twist* do fim do filme nem foi uma surpresa pra mim, assim como o desfecho também não.

Considerações Finais? Colina Escarlate é um filme visualmente incrível. É uma bonita história de amor e fantasmas (exatamente como Edith descreve o próprio livro que está escrevendo), mas não é um filme de terror. Pelo menos não foi pra mim. O roteiro tem suas derrapadas, mas nada muito sério que vá estragar completamente o filme. Podem assistir sem medo de serem felizes!

Nota: 3,5 de 5.

*Plot Twist: É a reviravolta na trama, a surpresa que geralmente acontece no final do filme.

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E vocês? Alguém aí já assistiu ao filme? Deixem seus comentários e vamos conversar!

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