[Resenha] Colegas – O Filme

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Todos nascemos com um diferencial. Após assistir a pré estréia do filme Colegas, tentarei neste post falar um pouco do filme e dos sentimentos em mim causados por ele, sem demagogia ou perfídia, apenas minha opinião sobre o evento.

Um filme de Marcelo Galvão produzido pelo Estúdio Gatacine, Colegas retrata a amizade e loucura vivida por três grandes amigos em busca de seus sonhos. Ganhador de Melhor Roteiro no 1° Festival de Paulínia; Melhor Filme e Melhor Direção de Arte no Festival de Gramado e Seleção Oficial do Festival do Rio.

Os personagens Stallone, vivido por Ariel Goldenberg, Aninha interpretada por Rita Pook, e Márcio por Breno Viola, encantaram a platéia pela sutileza e profissionalismo em cada momento de desempenho, os três atores e grande parte do elenco são portadores de Síndrome de Down. Ariel ficou mais conhecido depois do viral #VEMSEANPENN campanha pela qual ele e outros artistas brasileiros solicitam a presença do ator norte americano Sean Penn para a estréia do filme no dia 01 de março, até o momento não ouve manifestação pública do ator, todos continuam torcendo.

O filme começa com belíssima narração de Lima Duarte, sobre como os três foram parar no Instituto de portadores de Síndrome de Down, crescendo e educados juntos aprenderam que a amizade vai muito além de laços sanguíneos e que por esta razão nos tornamos “colegas”.

Stallone o líder da equipe (porque sabia dirigir) cinéfilo e fã do filme Thelma & Louise (1991) tem a brilhante ideia de roubar o carro do jardineiro Seu Arlindo (Lima Duarte) um Karman Ghia vermelho, pra se entregar no que seria a maior aventura da sua vida, encontrar o mar. Levando consigo seus melhores amigos Márcio o destemido que queria voar e a romântica Aninha que sonhava em se casar, o trio parte do interior de São Paulo com destino á Buenos Aires. Logo no início da empreitada eles encontram num circo abandonado um cachorro que passa a ser o companheiro de viagem, e fantasias que tornam a aventura mais alegre e cheia de inspirações.

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Com um misto de busca por sonhos e comédia o filme traz uma pitada do surreal que poderia ser verdade, os três heróis assaltam postos de gasolina ou lojas de conveniência na estrada, usando armas de brinquedo, colocando-os na mira de uma imprensa sem noção. A polícia que sem saber como resolver o caso, colocam dois policiais trapalhões no encalço dos jovens. O três passam a ser considerados bandidos armados e perigosos e ninguém tem coragem de enfrentá-los, enquanto isso seguem realizando um a um seus desejos.

O filme é composto por várias referências de grandes obras cinematográficas, utilizando de frases e contextos envolvendo filmes como E o Vento Levou, Homens de Preto, Pulp Fiction, Cães de Aluguel, Jules e Jim – Uma Mulher para Dois,  A Vida é Bela, até mesmo Psicose encenado pelos policiais trabalhões e um suposto hotel de beira de estrada. A trilha sonora é de Raul Seixas, cantor preferido dos protagonistas, exatamente pela sua irreverência e poesia.

Assisti com um sorriso no rosto lembrando dos sonhos que um dia imaginei, por um momento me fez voltar o tempo na memória para refletir no que eu tenho feito por eles. Desejamos que nossos sonhos aconteçam da exata forma com que sonhamos, e nem sequer damos oportunidade para que eles aconteçam de outra forma.

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade – Raul Seixas

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