[Review] Azure Striker Gunvolt (1 & 2)

Quem aí não gosta de jogo bom? E quem aí curte jogos ao estilo “Rockman/Mega Man“? O review de hoje é para falar de um jogo que tem essa pegada, mas com uma identidade própria e muito boa. Lançado em 20 de agosto de 2014 para 3DS de forma digital (posteriormente para Windows através do Steam), Azure Striker Gunvolt é o primeiro jogo completamente desenvolvido, produzido e publicado pela Inti Creates (empresa que também desenvolveu Mighty No. 9 para a produtora comcept).

A primeira coisa que quero falar sobre as série em geral, é a comparação com Mighty No. 9. O sucessor espiritual de Rockman criado por Inafune peca pelo seu estilo gráfico, coisa que Gunvolt acerta em cheio. Usando um estilo gráfico 2D, com sprites e cenários muito bem desenhados e detalhados, é o estilo realmente adequado para esse tipo de jogo. Além disso, o 3D (no 3DS) funciona bem, sem atrapalhar o jogador, visto que apenas a interface fica mais a frente, mantendo todo o jogo em um plano só. Outro detalhe ainda da parte visual, é que toda a aparência dos personagens é estilo anime.

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Falando em anime, outra característica marcante da série é a trilha sonora. Não apenas pelas músicas de fundo das fases. Na verdade temos que entrar na história desse universo para entender melhor. No mundo de Gunvolt existem seres com poderes, chamados de Septimal Adepts. Resumindo, seriam os mutantes do universo dos X-Men e vivem em conflito com os humanos. A história do primeiro jogo começa quando o personagem Gunvolt está em uma missão para matar a Muse, uma garota que tem o poder de controlar os adeptos através de sua música. Porém ele acaba por não matá-la ao descobrir que ela é apenas uma jovem adolescente bonita.

Voltando a questão da trilha sonora, Joule/Lumen, a garota resgatada, pode começar a cantar quando Gunvolt morre, fazendo com que ele volte e tenha mais habilidades que o normal. Ela também começa a cantar quando o jogador consegue atingir uma certa pontuação na fase, obtida por matar inimigos. As músicas, ao estilo JPop, são muito legais, principalmente para quem curte o gênero. Isso faz o jogo ter bem uma pegada de anime, além de ter essa característica bem própria.

Sobre a jogabilidade do jogo, apesar do clima lembrar a série Rockman Zero (também desenvolvida pela Inti Creates), Gunvolt tem uma jogabilidade bem própria. Seus tiros, na verdade, tiram dano mínimo aos inimigos. Porém eles ficam cravados nos inimigos. Aí que entra o poder de Gunvolt, o Flashfield, um campo de força elétrica que consegue anular vários projéteis. Além disso, se houver algum inimigo com um bolt (os tiros de Gunvolt) cravado nele, a eletricidade irá até ele, causando dano massivo e matando. Sendo assim, ao invés de só sair atirando, a ideia do jogo é atirar e depois eletrificar os inimigos. Interessante dizer que Inafune é o supervisor de ação do jogo, ou seja, há um toque dele no jogo.

Além disso, apesar do jogo ter poucas fases, bem ao estilo de jogos do gênero, há vários challenges para serem completá-los, como terminar a fase em menos de tanto tempo, terminar com no mínimo um determinado ranking, ou mesmo alguma ação específica, variando de fase para fase. Terminar um challenge normalmente habilita um outro do mesmo tipo, porém mais difícil. Os challenges dão recompensas que podem ser usadas para criar acessórios, que quando equipados ao personagem, dão novas habilidades e melhorias. Ainda, o personagem tem níveis. Ou seja, há bastante coisa para se fazer no jogo.

O primeiro Azure Striker Gunvolt é certamente um jogo muito legal. Na época do seu lançamento foi uma ótima pedida, ainda mais para aqueles que estavam animados com o desenvolvimento de Mighty No. 9. Há também um jogo ao estilo 8-bits chamado Mighty Gunvolt, que coloca os dois personagens em algumas de suas fases em versão 8-bits. Um joguinho bem divertido e com um ótimo desafio. O jogo não faz parte do cronologia da história, mas vale a pena dar uma conferida.

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Com o sucesso do primeiro jogo, no dia 30 de setembro de 2016, tivemos o lançamento de sua continuação, Azure Striker Gunvolt 2. O jogo tem o mesmo estilo de seu antecessor, mas com algumas novidades interessantes. A identidade visual continua a mesma, gerando uma sensação boa quando se jogo o game logo após o primeiro, assim como sua interface básica. A grande novidade fica por conta da presença de Copen (Akira no original), o rival de Gunvolt, que agora é um personagem jogável.

O esquema das músicas continua a mesma. Porém para que Copen/Akira também possa usufruir, o roteiro nos leva a um momento em que o drone com IA dele, chamada Lola, obtenha parte dos poderes da Muse e passe também a poder cantar. Como ela é na verdade um pod, tem uma voz digitalizada e mesmo quando canta, continua com essa característica, fazendo as músicas dela ter uma pegada mais de música eletrônica, dando uma identidade própria para Lola.

A jogabilidade de Copen/Akira é bem diferente de Gunvolt. Os tiros dele causam mais dano do que Gunvolt e não serve para “tagear” os inimigos. Para isso, ele deve usar seu Bullit Dash para marcar os inimigos, fazendo com que tiros dos pods que o cercam fazer o trabalho sujo. Além disso, diferente de Gunvolt, Copen/Akira pode obter os poderes dos chefes, bem o estilo Rockman. Inclusive sua arma extra inicial é baseada nos poderes de Gunvolt. Cada chefe tem uma fraqueza, mas diferente da outra série, identificar a fraqueza não é uma tarefa fácil, mas mesmo assim é legal ter esse sistema no jogo.

Azure Striker Gunvolt 2 também conta com o sistema de challenges para fazer o jogo ser mais longo. Como há dois personagens jogáveis, também há mais trabalho para criar os acessórios, pois Copen/Akira também tem os seus. O interessante é que esses acessórios são bem diferentes de um para outro, não apenas na temática, como também em seus efeitos, já que a jogabilidade dos dois personagens é bem diferente, o que também ajuda a tornar o jogo mais dinâmico e aumentar a sua vida útil.

Esses dois jogos são realmente divertidos. Posso dizer que foi um prazer jogá-los. Dinâmicos, bem divertidos e com uma temática bem legal. De chefes baseados nos sete pecados no primeiro jogo a chefes baseados em personagens de contos de fada no segundo, é uma pedida certa. Já deixo a dica para irem decorando a música Reincarnation, cantada por Lumen/Joule, que é tocada quando a Muse traz Gunvolt de volta da morte. No segundo jogo você precisará cantá-la. É isso mesmo que eu disse, o jogador tem que cantar a música. É uma coisa diferente e bem legal do jogo e que combina muito com o momento, não sendo bem um pouco forçado.

Para quem quiser aproveitar e não tem nenhum dos jogos, a Inti Creates lançou o jogo em uma versão física chamada Azure Striker Gunvolt: Strike Pack, que traz a versão física dos dois jogos. Vale muito a pena. Mas eu quero saber do pessoal aí, se alguém já jogou. Deixem aqui suas impressões do jogo. Para aqueles que ainda não jogaram, joguem e depois coloquem os comentários.

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