[Resenha] Hush: A Morte Ouve – 2016

Olá Freakos e Freakas! Tudo bem com vocês? Comigo tudo ótimo!

Hoje vim contar pra vocês sobre Hush: A Morte Ouve, um filme produzido pela Blumhouse (responsável por 95% dos filmes de terror dos últimos 6 anos) e comprado pela Netflix. Ele é escrito e dirigido por Mike Flanagan, responsável pelos filmes O Espelho, Before I Wake e Ouija 2 (previsto para estrear em outubro próximo). Sua estreia foi no começo desse mês, dia 8 de abril.

https://www.youtube.com/watch?v=msyji9nhyGc

Hush conta a história de Maddie (Kate Siegel, de O Espelho, que também é responsável pelo roteiro do filme), uma escritora que mora em uma casa afastada da cidade e está tentando terminar seu segundo livro. Quando criança Maddie teve meningite e complicações causadas pela doença a deixaram surda e muda permanentemente, mas isso não impede que ela leve uma vida normal, conversando pelo FaceTime, cozinhando e sabendo se cuidar.

A única casa próxima de Maddie é a de sua vizinha e amiga Sarah (Samantha Sloyan, da série Scandal) e de seu namorado John (Michael Trucco, da série Battlestar Galactica). Sarah costuma passar as tardes com Maddie, treinando libras e conversando. E no dia em que se passa o filme, isso não é diferente.

Mas ok, que interessante, né? Uma escritora surda e muda que mora sozinha no meio da floresta, o que poderia dar errado?

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Tudo.

Quem é esse cara? Não sei. O filme não nos conta quem ele é e nem porque está ali. Só sabemos que ele aparece na porta da casa de Maddie e decide que vai torturar e assustá-la até que ela deseje morrer. Ela se torna refém dentro de sua própria casa, sem poder fugir ou pedir ajuda, enquanto esse homem (interpretado por John Gallagher Jr. da série The Newsroom e do novo Rua Cloverfield, 10) tenta atraí-la para fora. Daí para frente, o ritmo não para de acelerar. É um daqueles filmes onde é difícil ficar parado na cadeira.

Não dá pra contar muito mais sem entregar detalhes importantes do filme. O que eu posso dizer é que os confrontos são memoráveis e Maddie é uma protagonista muito forte. No começo ela parece ser fraca e burra, mas à medida que o filme vai passando vemos um amadurecimento na personagem e percebemos que o maior erro do psicopata é subestimá-la.

Tenho muitos elogios. Os atores são muito bons e Kate Siegel consegue levar o filme todo, praticamente sem ter falas. Sua expressão corporal é muito boa, e todas as cenas onde ela está sentindo dor só se tornam mais agonizantes por ela não emitir nenhum tipo de som.

Falando em som, o filme não tem trilha sonora. Isso foi o que mais me chamou atenção, levando em consideração o fato dele ter sido produzido pela galera responsável por filmes como Sobrenatural, A Entidade, Ouija, Jessabelle, Atividade Paranormal e Uma Noite de Crime, que trazem como característica as trilhas assustadoras e os sustos provenientes dos efeitos sonoros. Só há um momento onde um efeito sonoro participa de uma cena, mas durante todo o resto do tempo ouvimos os passos do invasor e os sons de Maddie correndo ou derrubando coisas pelo caminho. Além disso, por muitas vezes o filme nos faz imergir no mundo silencioso da protagonista, para que possamos entender o desespero pelo qual ela está passando.

Outra coisa muito interessante é uma cena onde os roteiristas parece que estão nos mostrando alguns dos possíveis finais para o filme. Logo no começo, enquanto conversa com sua vizinha, Maddie diz que escuta vozes dentro de sua cabeça, que a ajudam a decidir quanto ao rumo de seus livros. Essas vozes reaparecem na metade final do filme, quando ela começa a meditar sobre o que pode fazer para se livrar daquela situação. “E se eu fizer isso?”, “Vai acontecer isso”, “E se eu fizer aquilo?”, “Você já tentou uma vez”. É bem divertido acompanhar a própria Maddie escrevendo o seu futuro, como se fosse mais um de seus livros.

Me permitindo um leve spoiler (que não vai afetar em nada a magia do filme) para fazer uma crítica ao filme, logo no começo de sua “perseguição” à Maddie, o Homem tira a máscara e se permite ser reconhecido. Eu entendo que isso precisava ser feito para o entendimento e o desenrolar do filme, mas acho que ele poderia ter usado o artifício da máscara por mais tempo. É muito mais assustador um vilão mascarado do que um vilão que não tem muita cara de vilão.

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Nota: 4/5

A história não é muito diferente do que já vimos por aí, sua execução é que a torna interessante. Infelizmente o filme é ligeiramente previsível em alguns momentos. Além disso, ou o assassino é muito burro ou subestimou demais a protagonista (que em alguns momentos é muito burra também). Mas vale à pena assistir, é bem bom!

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[Resenha] Hush: A Morte Ouve – 2016