[Recomendação] Life is a Grave & I Dig It! – Um leve conceito sobre Psychobilly

Bem-vindos Freaks!

Eu sou Diego Schirmer, doente por música esquisita e baixista nas horas vagas, e estou aqui para trazer para vocês, pessoas de gosto duvidoso, indicações e resenhas sobre gêneros musicais e discos com temáticas insólitas e estranhas. Do horror punk ao black metal mais obscuro, espero apresentar opções sonoras que façam jus ao título deste site que amamos!

Enfim, vamos à indicação inaugural:

Rockabilly clássico, punk rock dos mais divertidos e filmes de terror trash cinquentistas. Esta é a receita básica do Psychobilly, estilo musical porta-voz da subcultura punk de mesmo nome, uma das mais visualmente estilosas do gênero. Com uma temática totalmente voltada para o terror, à la Hammer Studios, o estilo nos brinda com belas e singelas canções, tais como Nekrofelia, Human Fly e Dead Girls Don’t Cry, tratando de agradáveis temas como amor post-mortem (e não estamos falando de Ghost – Do Outro Lado Da Vida), monstros nojentos, cientistas malucos e crimes passionais. A identidade visual do movimento, como comentado rapidamente acima, é algo à parte: todo o aparato “rocker” dos anos 50, com uma leve influência estética gótica, acrescidos do trash, morbidez e sexualidade cômicos, típicos de clássicos cinematográficos gore.

Algo como se Jerry Lee Lewis tivesse voltado podre do túmulo para continuar tocando Rock’ n’ Roll, depois de uma temporada no inferno ouvindo Ramones e assistindo Evil Dead.

Life is a Grave & I Dig It!, da banda Nekromantix, sem dúvida é um dos melhores discos do gênero supracitado. Musicalmente falando, tudo o que há de mais divertido no estilo encontra-se aqui, das linhas de contrabaixo acústico jazz-punk às letras perversas e cômicas, as músicas do disco te transportam para uma ambientação caótica e obscura dos rebeldes anos 50-60, onde zumbis, decapitações, rituais ateus-satanistas (Andrei, o patrão, mandou abraços…) e sexo com pin-ups dentro de carros fúnebres convivem normalmente com topetes, jaquetas de couro e lambretas.

Todas as faixas são muito divertidas, se não ótimas.  Destaques para a segunda, “Horny in a Hearse” — um rockabilly clássico com baixo “marcadasso”, guitarras puxadas para a surf music, melodia e refrão grudentos —, e para a quarta, “My Girl” — que chega a lembrar um jazz puxado a punk em muitas partes, ponteado por backing vocals e corinhos quase Beatles em início de carreira. O baixo em formato de caixão tocado pelo vocalista Kim Nekroman, como sempre, é um show à parte.

Vale também destacar a faixa 8, “Flowers are Slow” (que lembra muito o ska e 2 Tone do início dos anos 1970), e a inclassificável faixa 11, “Fantazma” — que passeia pela surf music e pelo country, sabe-se lá como.
É um disco que deve ser ouvido por fãs de Rock’ n’ Roll, punk e filmes de terror/horror, e que, pela inusitada mistura e temática, merece também uma chance por parte de todos os que curtam música freak!”

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