(Resenha) The Possession of Michael King

Olá, galerinha do Mundo Freak! Meu nome é Andressa, tenho 22 anos, moro no Hell de Janeiro, amo a temática do terror em geral, mas morro de medo de palhaços! Fui escolhida como colaboradora do MF e pretendo escrever sobre filmes e séries que eu assisto e que acho que irão agradar aos freakers 🙂

Minha primeira resenha vai ser sobre um filme de terror muito interessante que eu assisti há algumas semanas atrás chamado “The Possession of Michael King“. Não há título traduzido e muito provavelmente ele virá direto para DVD aqui nas terras tupiniquins, mas é “facilmente encontrável” nas internets. Espero que curtam!

The  Possession of Michael King – David Jung (2014)

If you invite it in, it will never let you go” (Se você convidá-lo para dentro de você, ele nunca te deixará partir)

A frase acima é a premissa do filme, lançado em 22 de agosto nos EUA e ainda sem data de estreia prevista no Brasil. Ele conta a história de Michael King, um homem que, após sofrer uma tragédia familiar, resolve fazer seu próprio documentário onde ele é a cobaia que testa diversos tipos de rituais de invocação demoníaca das mais variadas crenças, com a intenção de reunir provas concretas da existência (ou não) de demônios. Fica difícil fazer uma sinopse sem divulgar partes importantes do enredo, mas fica claro desde o início do filme que Michael não acredita em nenhum tipo de força espiritual, seja ela benigna ou maligna, e por isso ele leva a história do documentário a frente com um tom de ironia e desafio. Obviamente, Michael acaba se deparando com uma força maligna que quer levá-lo a loucura e a forma como isso acontece é o grande diferencial desse filme: Michael passa o tempo todo fazendo piada e procurando explicações racionais para as coisas que começa a experimentar, até que é tarde demais.

Sem fugir do hype hollywoodiano das foud footages* (mas sem abusar das cenas longas e irritantes em primeira pessoa: O personagem correndo sem parar, a câmera balançando, telespectadores com dor de cabeça), o filme é contado através das câmeras de mão de Michael e câmeras profissionais de seu cameraman nas cenas fora de casa, e em câmeras de vigilância, fixas em pontos estratégicos da casa.

Apesar do orçamento restrito e do fato de ser independente, a produção do filme não se deixou limitar. A equipe técnica do filme está de parabéns: A maquiagem estava muito bem feita (os machucados e cortes pareciam de verdade), a edição do filme também, e tirando um ou outro efeito especial ruim (principalmente uma cena sofrível no clímax do filme, que eu nem preciso comentar porque quem assistir vai saber do que eu tô falando),  o filme está mais que aprovado.

A escolha do ator Shane Johnson, que ainda não havia interpretado nenhum personagem de muita expressão, para o papel principal não poderia ter sido melhor. Ele conseguiu com maestria expressar um homem amargo e sarcástico que aos poucos foi perdendo a sanidade, e manteve a tensão e o desespero do personagem estampados nas cenas finais, interpretando muito bem aquilo que lhe foi imposto. Michael era o único personagem presente em cena na maior parte do filme, apenas com aparições eventuais de sua filha Ellie, interpretada pela atriz mirim Ella Anderson, e sua irmã Beth, interpretada pela atriz Julie McNiven (que já participou da série Supernatural no papel de uma “anja”).

A ideia de fazer um filme found footage sobre um homem que quer ser possuído é inovadora. A maioria dos filmes de terror do gênero são executados na direção oposta: é o demônio quem quer possuir o homem. Vale a pena assistir!

NOTA 4/5

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*Found footage: Em tradução literal significa “Gravação encontrada”, que é basicamente quando o filme conta um tipo de história que é inexplicável ou não solucionada e alguém encontrou gravações sobre o ocorrido. O primeiro filme do gênero foi Cannibal Holocaust, de 1980, filme gore que fez bastante sucesso entre os fãs mais underground. Para o público em geral, o gênero se tornou popular com A Bruxa de Blair, de 1999, e foi “redescoberto” com o sucesso de Atividade Paranormal e REC, ambos de 2007.

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