Queridos leitores, uma pergunta pessoal: Como vocês passaram sua noite de Reveillon? Espero que tenham curtido tanto quanto ou ainda mais do que eu. Fiquei por aqui mesmo, com alguns parentes, comi bastante e me diverti com um de meus primos me dando pitaco enquanto eu caçava em Assassin’s Creed 3.

Outro primo estava recostado em minha cadeira assistindo uma série com as caixas de som em um volume considerável (isso para não dizer alto para caralho, eram quase três da manhã e o som estrondante do computador conseguia ocultar o som de alguns restos de fogos de artifício que não foram estourados na hora da virada). Afundado em um pufe, eu só conseguia ouvir diálogos bizarros recheados de bom humor. Perguntei sobre o que se tratava e ele respondeu sem rodeios: Adorável Psicose!

Não prestei muita atenção, pedi para que abaixasse o som e continuei a caçada agindo sob a pele do assassino Connor Kenway sem mais me importar com aquela baboseira. Semanas se passaram até o fatídico dia 30 de Janeiro, quando chequei meu histórico de vídeos assistidos no YouTube e encontrei um dos episódios completos da série nacional baseada no blog homônimo e que atualmente é exibida pelo canal Multishow.

No episódio da terceira temporada que encontrei no histórico, a protagonista Natalia Klein visita uma loja onde um vendedor de calçados e bicampeão estadual de trava línguas (interpretado pelo conhecido Jacaré Banguela, creio eu) não deseja vender um par de sapatos de rubi que está no mostruário. Natalia logo trata de tomar posse do sapato contra a vontade do vendedor e parte para o trabalho onde conhece o irmão problemático de sua chefe; bom, acho que já falei demais, e vocês podem assistir a esses e outros episódios assistindo ao seriado que vai ao ar as onze horas da noite de quinta-feira.

Em meio a tantas confusões e cenas inusitadas, Adorável Psicose se trata de uma verdadeira joia encontrada no meio da programação da televisão por assinatura e  – mesmo assistindo poucos episódios – já posso afirmar que estou me tornando cada vez mais fã das desventuras psicóticas de Natalia e seus amigos que acabam por criar uma série que é um prato cheio para gente como eu que gosta de boas doses de comédia, personagens marcantes em um ambiente muito próximo da realidade do cidadão do sudeste brasileiro.